A Dor de uma Noite

E nessa constância em que me é apresentada a imbecilidade, a estupidez e a ignorância, só tenho a dizer que isso me causa raiva, que isso me causa ódio, não raiva e nem ódio de pessoas, e sim de atitudes infames, as atitudes quando não bem analisadas causam desgraça para todos.
Hoje estou mais calmo, posso falar com propriedade sobre o assunto, posso dizer que entendo que toda essa infelicidade ocorrida, entendo perfeitamente que foi causada por uma decisão errada num momento de raiva, num momento de desequilíbrio, entendo perfeitamente vocês, é uma pena, que falte um pouco de compreensão e talvez um pouco de humildade para que possam entender também a mim, e para que possa respeitar a minha decisão, afinal, sou um homem, alcancei os meus vinte anos, tomando decisões, algumas que me derrubaram e me tornaram forte, e outras que me levantaram e que também me fortaleceram, tenho uma mente aberta, busco o total equilíbrio das coisas, sempre peso o que virei a decidir, e opto pelo melhor resultado, por isso peço respeito a mim, e as minhas decisões.
(...)
Bom voltando a falar sobre aquele meu momento de raiva, me lembro de toda aquela dor, toda aquela angústia, toda ansiedade e toda aquela raiva, que estava acumulando durante todo um ano, foram expelidas de mim, através de meus canais lacrimais, lágrimas constantes escorreram pelos meus olhos, atingindo ambas as minhas bochechas e continuando descendo passaram pelo canto de minha boca, foi quando notei o quão amargo estava sendo aquele momento, as lágrimas por fim escorreram até atingirem a gola de minha camisa, ficando por la e a deixando úmida e fria por um considerável período, o que me faltou foi apenas jogar fora aquele grito que preso estava em minha garganta, fazendo ecoar aquele grito que contido estava em meu travesseiro, para que todos no mundo ouvissem. Afinal, chega uma hora em que cansamos de dizer. "- Sim, estou bem" - (esse é o momento em que contamos uma das maiores mentiras) e resolvemos desabafar por um momento, e então por fim, todo aquele peso em nossa consciência deixa de existir.

Eric Colombo
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