quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Passado e presente se unem em série de fotos da Amsterdã de Anne Frank

Projeto inspirado no trabalho de Sergey Larenkov ocupa lugares de hoje com histórias do passado


O famoso museu Anne Frank House, em Amsterdã, recentemente embarcou em um projeto inspirado pelo icônico trabalho de Sergey Larenkov, fotógrafo russo que mistura de uma forma magnífica o passado com o presente.

Mesclando fotos da vida de Anne Frank durante a Segunda Guerra Mundial com imagens atuais da cidade de Amsterdã, retiradas do Google Street View, o resultado é uma série fotográfica que usa da perspectiva e da manipulação de imagem para ligar o passado ao presente, ocupando espaços com histórias.

As composições mostram pessoas que conviviam e ajudavam Anne Frank durante seu refúgio, a casa da família Frank e também o esconderijo – hoje conhecido como Anne Frank House -, dando novos sentidos a estes mesmos espaços na atualidade.








Criado pelo designer Michael Danckaarts, da LBi Netherlands, o projeto acompanha de forma criativa o recém-lançado aplicativo Anne’s Amsterdam que, baseando-se em conteúdos geolocais, permite que o usuário mergulhe na vida de Anne Frank explorando lugares e as histórias que estes carregam.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Faroeste Caboclo - O Rei Leão (Paródia)

Por Eric Colombo

Reprodução
Faroeste Caboclo, um clássico musical brasileiro interpretado por Legião Urbana e Rei Leão outro clássico, porém cinematográfico e norte americano, produzido pela Walt Disney. Individualmente ambas produções são excelentes, mas o que será que acontece ao se misturar a música de Faroeste Caboclo e a história de Rei Leão? Com certeza uma overdose nostálgica.

O vídeo abaixo é um produção do canal MontagensGabrielCX:

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O melhor argumento sobre “faça você mesmo” que alguém pode dar

Comercial da loja alemã de materiais Hornbach

Hornbach
Reprodução
Não tem melhor argumento para me convencer a montar, martelar, serrar e pregar coisas do que esse. O comercial da loja de materiais e equipamentos Hornbach pode até exagerar na dramaticidade da trilha sonora e lágrimas, mas tem um ponto: O que vai sobrar de você?

Claro, ninguém espera deixar uma escada de legado, mas o filme fala de memórias, do filho que entra em casa e lembra dos momentos que passou e aprendeu com o pai. O comercial está em alemão, mas você vai entender.

Criação da HEIMAT, de Berlim.


Matéria publicada em http://www.brainstorm9.com.br/41428/advertising/melhor-argumento-faca-voce-alguem-dar/

Descoberta científica abre caminho para a cura de Alzheimer

Cientistas encontraram substância capaz de barrar a morte de neurônios em ratos em pesquisa classificada pelo The Guardian como “decisiva e histórica”

Mulher em exposição do cérebro humano
Matt Cardy/Getty Images
Uma descoberta da equipe da Universidade de Leicester (Inglaterra) publicada nesta semana trouxe boas notícias: a ciência está cada vez mais próxima de encontrar a cura para o Mal de Alzheimer. Esta doença hoje atinge mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, este número deve triplicar.

Pois a equipe de neurcientistas liderada pela professora Giovanna Mallucci descobriu uma substância capaz de barrar a morte de neurônios. Testada em ratos de laboratório, tal substância conseguiu impedir a neurodegeneração nestes animais, que eram portadores da chamada “doença de príon”.

O estudo havia previamente descoberto que o acúmulo de proteínas no cérebro destes ratos doentes era responsável por ativar um mecanismo de defesa das células. Este processo, por sua vez, bloqueava a produção de novas proteínas.

Segundo a equipe, o normal seria que a produção normalizasse em algum momento, mas nestes ratos isto não foi observado. Constataram então que este seria justamente o “gatilho” que levaria os neurônios à morte, pois algumas das proteínas essenciais para a sua sobrevivência deixavam de ser produzidas.

Ao injetar a substância, os cientistas conseguiram bloquear este mecanismo paralisador da produção de proteínas em uma parte do cérebro destes ratinhos, normalizando, assim, todo o processo. Foi possível então impedir a morte das células e ainda restaurar os níveis de proteína e a comunicação entre os neurônios. Conclusão: prolongaram a vida destes animais.

Bom, ainda de acordo com a equipe, em entrevista ao jornal “The Guardian”, a pesquisa está em estágio inicial e pode ser que a produção medicamentos leve um tempo para se tornar realidade. Além disso, o processo causou sérios efeitos colaterais nos ratos, fato que levou os cientistas a preverem que testes em humanos ainda estão longe de acontecer.

Independente disso, a comunidade científica considerou os resultados altamente significativos e celebrou o estudo. “Futuras gerações certamente verão esta pesquisa como um pilar histórico e decisivo”, considerou o The Guardian.

O sacrifício de Yoshi


Via: Leninja

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Tudo Que Eu Quero - Ivo Mozart

Facebook.com/ivomozartoficial


Sabe quando a gente beija devagar
E por alguns segundos sente o mundo parar?
Pois é, assim que eu me sinto
Quando beijo você.

Sabe quando a gente não consegue dormir
Pensando em alguém que nos faz muito feliz
Pois é, assim que eu fico
Quando penso em você.

Sabe quando a gente torce pro dia passar
E chegar o fim de semana
Olhando no relógio de minuto em minuto
Pra ver se eu acelero as horas

Tudo que eu quero é viver em paz
E te beijar quando der na telha
No agito da balada
Na calma da fazenda
No banquinho da praça
Deitado na areia
Tudo que eu quero é você por perto
Não importa o lugar
A gente faz, faz, faz....


Sabe quando a gente beija devagar
E por alguns segundos sente o mundo parar?
Pois é, assim que eu me sinto
Quando beijo você.

Sabe quando a gente não consegue dormir
Pensando em alguém que nos faz muito feliz
Pois é, assim que eu fico
Quando penso em você.

Sabe quando a gente torce pro dia passar
È chegar o fim de semana
Olhando no relógio de minuto em minuto
Pra ver se eu acelero as horas

Tudo que eu quero é viver em paz
E te beijar quando der na telha
No agito da balada
Na calma da fazenda
No banquinho da praça
Deitado na areia
Tudo que eu quero é você por perto
Não importa o lugar
A gente faz, faz, faz....

Olhando no olho a gente de mão dada
Mais de um minuto que a gente não fala nada
A pele se arrepia
O coração dispara

Tudo que eu quero é viver em paz
E te beijar quando der na telha
No agito da balada
Na calma da fazenda
No banquinho da praça
Deitado na areia
Tudo que eu quero é você por perto
Não importa o lugar
A gente faz, faz, faz....



Tudo Que Eu Quero - Ivo Mozart

terça-feira, 8 de outubro de 2013

The Naked Truth destaca importância do auto-exame

Ideia é mostrar as mudanças a serem observadas para um diagnóstico precoce do câncer de mama

mama
Reprodução
Ao redor do mundo, o mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama. Enquanto diversos prédios e movimentos adotam uma iluminação cor-de-rosa, entidades realizam campanhas direcionadas às mulheres. É o caso da bela The Naked Truth, que a Colenso BBDO de Auckland criou para a New Zealand Breast Cancer Foundation.

Para ilustrar as mudanças a serem observadas – por exemplo uma nova massa ou espessamento na área da mama ou da axila, diferença na forma ou tamanho da mama, alteração na pele da mama ou no mamilo, entre outras – foram utilizados objetos do dia a dia, colocados na altura dos seios das atrizes.

De certa forma, o filme da campanha lembra um pouco a Garotas do Calendário, longa-metragem de 2003 que conta a história de mulheres maduras que posaram nuas para levantar dinheiro a princípio para comprar um sofá para um hospital, mas que conseguiram levantar quantia suficiente para as pesquisas relacionadas à leucemia.

É uma maneira diferente de destacar a importância do auto-exame, sem repetir fórmulas tradicionais, mas que fica bastante claro como nós mesmas podemos colaborar com um diagnóstico precoce.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Tim Cook envia comunicado para funcionários da Apple, para relembrar a morte de Steve Jobs

Por Eric Colombo

Amanhã completa dois anos da morte do gênio da tecnologia, Steve Jobs. 

Reprodução
E para lembrar desse dia, Tim Cook enviou um comunicado via e-mail a todos os funcionários da Apple, para incentiva-los a lembrar do memorável Jobs, de sua importância para a companhia e para o mundo. 

O comunicado dizia: 

Equipe, 
Amanhã marca o segundo aniversário da morte de Steve. Espero que todos reflitam sobre o que ele significava para todos nós e para o mundo. Steve era um ser humano incrível e tornou o mundo um lugar melhor. Eu penso nele muitas vezes e encontro uma força enorme em lembrar de sua amizade, visão e liderança. Ele deixou para trás uma companhia que só ele poderia ter construído e seu espírito será para sempre a base da Apple. Vamos continuar a honrar a sua memória dedicando-nos ao trabalho que ele tanto amava. Não há maior tributo à sua memória. Eu sei que ele ficaria orgulhoso de todos vocês.  
Fiquem bem,  
Tim 

No ano passado, a Apple divulgou vídeo para relembrar Steve no aniversário de sua morte.

  

Por mais que exista uma guerra constante entre a Apple e seus concorrentes, como Samsung e LG, guerra essa que se estende a usuários de dispositivos de ambas as marcas, todos concordam que Jobs tinha uma mente visionária. Jobs via o inexistente, ele cria no impossível e o tornava possível. Jobs soube ligar os pontos em sua vida, e como ele mesmo disse em seu discurso aos formandos de Stanford, "você não pode conectar os pontos olhando adiante, você só pode conectá-los olhando pra trás". Ao fazer isso, o criador do iPhone, mudou a forma em que vemos o nosso mundo, em como agimos no dia-a-dia, do que fazemos e como interagimos com as coisas. 

Jobs fundou uma empresa em sua garagem, e a levou para o mundo, e fez com que seu império reinasse por anos, e hoje posso dizer, com plena convicção, que se não fosse por Steve Jobs, a Apple estaria com suas portas fechadas e a tecnologia não seria o que é hoje. 

Steve Jobs deixou um ideal em sua companhia a ser seguido por todas as próximas gerações de funcionários da Apple, deixou também um ideal para todos no mundo seguirem. 
Veja abaixo um vídeo, do comercial "Think Different", lançada em 1997, quando Jobs retornou a empresa que ele havia fundado.

  

A morte de Steve Jobs foi muito triste para os amantes da tecnologia, e como tudo em sua vida, foi algo repercutido por todo mundo. Não sabemos o que estava nos planos de Jobs, nem que produtos estariam sendo lançados hoje por ele, mas podemos ter certeza, que seriam, como todos os outros já foram, revolucionários.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Startup potiguar é destaque em concurso de tecnologia

Ideia do projeto Meu Peludo é auxiliar o proprietário a encontrar o animal de estimação perdido

Divulgação
O Rio Grande do Norte começa a despontar no cenário nacional como um estado que é celeiro de inovação e boas ideias em projetos digitais. Uma prova disso é a startup Meu Peludo, que foi considerada a melhor do Brasil no Desafio do Salão Nacional de Inovação do Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios - Rio Info 2013. A proposta do Meu Peludo é ajudar pessoas que perderam seus animais de estimação a encontrá-los por meio de um QR Code e da internet. A ideia da dupla de empreendedores potiguares Philipe Coutinho e Sérgio Oliveira desbancou outros 14 projetos de startups de várias partes do Brasil, só ficou atrás da uruguaia Glam, que obteve a primeira colocação e conquistou o título do Desafio Internacional.

“É uma sensação muito boa saber que a nossa ideia é a melhor do Brasil, principalmente por sermos do Nordeste”, diz Sérgio Oliveira, que, juntamente com o sócio, ganhou uma viagem para Londres, na Inglaterra. Antes de chegar ao topo do Desafio na categoria nacional, o projeto Meu Peludo foi classificado para a fase final, competindo com outras três startups. 

Para classificar a startup do Rio Grande do Norte, a banca de avaliadores do evento levou em consideração critérios como grau de inovação do serviço, potencial de mercado, retorno econômico-financeiro, consistência da estratégia de marketing, qualidade da equipe e vantagens competitivas da empresa. O projeto Meu Peludo é atendido pelo programa de startup do projeto de Tecnologia da Informação e Comunicação (Protic) do Sebrae no Rio Grande do Norte. A instituição levou uma missão com 15 empreendedores do estado ao Rio Info, que é considerado um dos principais do segmento na América Latina. O evento começou no dia 17 e encerrou na última quinta-feira (26), no Rio de Janeiro.

“Nossa participação foi muito proveitosa, pois conseguimos fazer contatos com investidores que já atuam com startups e pelo menos dois deles se interessaram pelo nosso projeto. Estamos bastante confiantes no fechamento de futuras parcerias”, comemora Sérgio Oliveira.

O Meu Peludo funciona da seguinte maneira: o proprietário pode cadastrar gratuitamente um perfil do bicho de estimação no site www.meupeludo.com.br ou na página da empresa no Facebook. Para identificar o animal, no entanto, é preciso comprar por R$ 9,90 uma tag com QR Code, que ajuda a pessoa que encontrou o pet a devolvê-lo ao dono. De acordo com o empreendedor, a pré-venda das tags deve ocorrer em 15 dias e, em outubro, tudo já deve estar funcionando. A expectativa é comercializar inicialmente dez mil etiquetas em todo o Brasil

Com investimentos, a dupla também espera aprimorar o serviço acrescentando na tag - que já vem com o código que remete ao perfil contendo informações sobre o animal, o proprietário e o endereço do site- o número de uma central telefônica para facilitar a devolução. Há intenções de envolver as petshops no negócio para facilitar a entrega do bichinho. No site, o usuário poderá acionar a ferramenta assim que perder o animal. Um cartaz com informações sobre o bichinho será gerado e, logo em seguida, ume-mail será enviado às petshops e ONGs parceiras com o aviso de bicho perdido.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Maravilhoso Discurso realizado por Steve Jobs em Stanford 2005

Por Eric Colombo


Reprodução


Em 2005, Steven Paul Jobs, o grandioso visionário, Steve Jobs, fundador de uma das maiores empresas de tecnologia, e hoje a marca mais valiosa do mundo, realizou um discurso aos formando de Stanford, extremamente motivador e emocionante.

Eu particularmente, já havia lido, a aproximadamente 1 ano atrás em uma de suas biografias, porém hoje, pela primeira vez, resolvi buscar um vídeo desse discurso, e a forma em que Jobs usa de suas palavras, é incrível, assim como sua vida foi.

Um grande conselho que Jobs deixa ao mundo nesse discurso é "O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas." 


Leia e veja abaixo o vídeo do discurso na íntegra e “Continue com fome, continue bobo.” 



Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias. 
A primeira história é sobre ligar os pontos. 
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. 
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.” 
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo. 
Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok. 
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. 
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante. 
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. 
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois. 
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim. 
Minha segunda história é sobre amor e perda. 
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos. 
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. 
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. 
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. 
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. 
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. 
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. 
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. 
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue. 
Minha terceira história é sobre morte. 
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. 
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. 
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração. 
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. 
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. 
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem. 
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. 
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade. 
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. 
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. 
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. 
Todo o resto é secundário. 
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. 
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições deWhole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. 
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro.
Abaixo, estavam as palavras:
“Continue com fome, continue bobo.” 
Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos. 

Obrigado.

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